O microbioma: o nosso segundo genoma
1/05/2020

O estado do microbioma é essencial na saúde do nosso sistema imunitário e pode desempenhar um papel determinante num envelhecimento de maior qualidade

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A investigação sobre o microbioma consiste em estudar os desequilíbrios na composição e função da flora intestinal (microbioma), em relação à dieta e à sua influência no estado inflamatório crónico e na fragilidade da pessoa em geral. O objetivo: prevenir e melhorar o estado de saúde das pessoas através de intervenções nutricionais e alterações na dieta.

“Um microbioma saudável poderia assegurar-nos um envelhecimento de maior qualidade, com menos fragilidade.”

O corpo humano tem cerca de 37 biliões de células diferentes, mas destas, apenas 10% são células humanas. O resto pertence aos quase 100 biliões de micróbios que podem encontrar-se em cada um de nós.

As centenas de espécies microbianas com as quais partilhamos o nosso corpo vivem (e morrem) em diferentes lugares do organismo: a superfície da pele, a língua, as fossas nasais, o pescoço, etc. Porém, é nos intestinos que habitam na sua maioria, formando todo um universo, em grande parte desconhecido, que os cientistas só estão a começar a explorar graças ao avanços na tecnologia.

Mais de 99% da “nossa” informação genética é, na realidade, informação procedente desta comunidade de micróbios, o nosso microbioma. E parece cada vez mais provável que este “segundo genoma”, como é por vezes chamado, exerce uma grande influência na nossa saúde. Possivelmente, uma influência ainda maior do que a que exercem os genes que herdamos dos nossos pais. Os genes herdados são mais ou menos fixos, invariáveis; em contrapartida, aparentemente, o segundo genoma fornecido pelo microbioma pode ser remodelado e, até, regenerado.

A microbiota, a população bacteriana existente no nosso organismo, desempenha um papel crucial em vários aspetos do nosso organismo. A saúde humana e a microbiana estão inextricavelmente ligadas. Transtornos no nosso ecossistema interno de micróbios – uma perda de diversidade, por exemplo, ou a proliferação da espécie “errada” – podem provocar uma predisposição para a obesidade, problemas metabólicos, bem como toda uma série de doenças crónicas, assim como algumas infeções

Projeto da Fundação Luta Contra a Sida.

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